O giz é meu
Eu escrevo o que eu quiser...
Com as minhas cores eu pinto o que eu quiser
Faço rabiscos, traço mapas, copio o mundo aos meus pés
Escrevo cartas e apago com os pés
Desenho rostos e formas da minha imaginação
Depois a poeira do pó que desenhava apaga do chão
Vem as pisadas e não se importam o que ver que passe
Não olham pro chão, não prestam atenção
Não dão importância ao meu giz espalhado.
Esmagados pelas pisadas
Daqueles átomos - agora separados - não se assemelham em nada
Estão pó que dançam com o vento
O que sobra estico com os pés e faço sóis no chão
Pra iluminar a falta do pensamento, a escuridão
Dos olhos alheios por toda parte
Não enchergam as cores, amores, as partes
A arte...
E se vai com o pensamento tudo que fiz ali
De raiva apago com água
Pego o que sobrou na caixa
Vou pra outra calçada, com minhas esparsas
Fazê-las como eu quiser, com meu giz.
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