quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Desenhos com giz















O giz é meu

Eu escrevo o que eu quiser...

Com as minhas cores eu pinto o que eu quiser

Faço rabiscos, traço mapas, copio o mundo aos meus pés

Escrevo cartas e apago com os pés

Desenho rostos e formas da minha imaginação

Depois a poeira do pó que desenhava apaga do chão

Vem as pisadas e não se importam o que ver que passe

Não olham pro chão, não prestam atenção

Não dão importância ao meu giz espalhado.


Esmagados pelas pisadas

Daqueles átomos - agora separados - não se assemelham em nada

Estão pó que dançam com o vento

O que sobra estico com os pés e faço sóis no chão

Pra iluminar a falta do pensamento, a escuridão

Dos olhos alheios por toda parte

Não enchergam as cores, amores, as partes

A arte...

E se vai com o pensamento tudo que fiz ali

De raiva apago com água

Pego o que sobrou na caixa

Vou pra outra calçada, com minhas esparsas

Fazê-las como eu quiser, com meu giz.

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