sexta-feira, 30 de novembro de 2012

somas de outra vez


estilhaços de espelho sobrevoam
enquanto pela madrugada fria minha alma se devora nua
ferrugens do tempo que entre minhas mãos escoam
nublados passos e tibios ensejos
do cruzar de olhos sonolentos, marejados
outrora amaveis entre raios e luz do sol
enquanto resvala ao chão
tentando em vão recolher as cinzas
migalhas do sentimento re-partido
pássaro ferido
andorinha, rouxinol
canta, tece amanhecer
amanhece pra outrem mas não vejo amanhecer
quando vem o sol eu posso me perder
pra procurar você... pra procurar você...
pra encontrar você...
mais uma vez dentro de mim
vou te esperar...