sábado, 12 de julho de 2014

its been a long time...

mas uma vez, cá estou eu.
coração apertado, nó na garganta, superando uma dor de um amor perdido.
tentando aprender com os desencontros da vida...
coisas que a gente erra, a gente fere o outro sem querer, e se depara depois com a parede nua, vazia, uma vontade de correr, por um chão de azulejos no inverno.
se rasgar, voltar no tempo, reparar as coisas não feitas, não ditas... e agora, valem a pena?
quando se é parte de um intenso, e mergulha fundo, se quer em troca... mas quando se perde o que se ganha e isso tinha valor, vale a pena toda profundidade ou seria apenas uma questão de ponto de vista?
estaria eu nadando em águas profundas, dentro, bem fundo, pensando estar no raso?
o que eu aprendi? alem da dor, essa que esmaga, que castra, que te põe na parede e assalta, e rouba segundos de uma eternidade, o que era pra sempre e se foi... era pra sempre?
dor, dor... chorar, sofrer, e depois tantas bocas, tantos rostos, tantos carinhos, tanto toque não quisto que vem se revelar. você de repente se vê seu pior inimigo, sendo levado à uma bandeja, num cortejo infinito, onde como carne fresca há de ser apreciado... e no reflexo da salva de prata, onde seu corpo reverbera e repousa o seu reflexo, apontando e machucando a carne, beliscando a pele nua, te chamando culpado.
chora, vaza, grita, corre, voa, salta, morre... faz o que for, vá aonde for, esse grito, esse zumbido de acompanha... aprende, levanta, segue, acabou o espetáculo, fechou as cortinas, é hora de ir embora.
Acabou o show.
O inocente, o sorriso, o puro, o resguardo, o desejado, as marcas, o desejo, o calor, as memorias, lembranças, que triste, é o que se tem... olhar pra trás e ver as cores que morrem num azul no infinito, e ao lado, a solidão te acompanha, te abraça e no escuro sorri pra você... um medo galopante, o incerto, o futuro dentro de um tufão que vem à frente, arrebentando tudo...
vou descendo as escadas, levando na mala saudade, e lembranças que como navalhas, ferirão a alma enquanto visto o meu figurino.
esperando o próximo espetáculo, que venha mais leve, que nada se leve, que fique e que nunca mais seja breve, que não me fira, por favor... senhor figurinista, desenhe-me com carinho, e com muito jeitinho pra não mais machucar. por favor. as marcas que ficam não são bonitas, revelam e não cicatrizam... marcas que podem o navio afundar... quero leveza no meu mar...

aprender a aparar as brechas, a entender os mistérios, ou achar que entende, e entender as coisas da vida... marcas, histórias, estatísticas... cuidado, guarda bem o que é precioso.